Resex

Folha do Amapá-Macapá-AP - 18/09/2002
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) abrirá as reservas extrativistas para o ecoturismo, atividade que atrai milhares de pessoas de todo o mundo em busca de redutos naturais onde existam paisagens selvagens, populações nativas e possibilidade de contato com o meio ambiente preservado - exatamente o que têm a oferecer as reservas brasileiras. A intenção é que os primeiros roteiros sejam abertos ao público a partir de dezembro deste ano.
O primeiro passo do trabalho já foi dado. Trata-se de um amplo diagnóstico que começou a ser feito nesta semana na Reserva Extrativista (Resex) do Lago do Cuniã (RO) e que será expandido para as Resex do Cajari (AP), Tapajós-Arapiuns e Soure (PA), Lagoa do Jequiá (AL), Corumbau (BA), Ilha do Cajual e Quilombo do Frechal (MA). Essas foram as primeiras, onde as comunidades locais demonstraram vocação e interesse em desenvolver a atividade.
Os moradores das primeiras oito reservas escolhidas como piloto do programa receberão cursos que as capacitarão a elaborar o diagnóstico sócio-econômico da comunidade. O diagnóstico servirá de base para a elaboração de um plano de desenvolvimento local sustentável. Para executar o programa, o Ibama conta com a parceria do Programa Comunidade Ativa, ligado ao gabinete da Presidência da República, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
No Brasil, existem 24 reservas extrativistas, criadas por meio de decreto presidencial, das quais sete são reservas marinhas. Juntas, somam quase 5 milhões de hectares de áreas protegidas - 4,122 milhões só na Amazônia -, onde a exploração segue os parâmetros sustentáveis, as famílias têm garantia à terra, as comunidades são organizadas e capacitadas, a cultura é preservada e o meio ambiente conservado para as gerações futuras.
(-Folha do Amapá-Macapá-AP-18/09/02)
UC:Reserva Extrativista

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