ICMBio treina servidores em monitoramento socioeconômico e biológico

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ - 06/04/2015
A ferramenta usada no curso auxiliará nas gestões costeira, pesqueira e de UCs


Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), juntamente com estudantes, pesquisadores e representantes de comunidades participaram do treinamento do Programa Global 'Iniciativa de Monitoramento Socioeconômico e Gerenciamento Costeiro' - da sigla em inglês SocMon, no município de Paulo Lopes (SC), entre os dias 10 e 15 e março.

Esta estratégia de monitoramento socieconômico está voltada para a gestão costeira, podendo ser aplicada também na gestão pesqueira e na gestão de Unidades de Conservação (UCs). Atualmente, o SocMon envolve mais de 60 locais de monitoramento em 30 países. Sua estrutura de funcionamento é ajustável à realidade de cada localidade.

O processo de coleta de informações se dá por meio de parcerias estabelecidas com agências de gestão e comunidades locais, onde são obtidas informações sobre a segurança alimentar, modos de vida, dependência sobre os recursos naturais, percepções sobre o estado de conservação dos ecossistemas, elaboração e estratégias conjuntas de suporte à gestão, entre outros.

"Apesar de ser desenvolvido como método de monitoramento socieconômico, o SocMon também permite a inclusão de aspectos biológicos, possibilitando a construção de um monitoramento participativo da biodiversidade, envolvendo indicadores sociais, econômicos e biológicos", afirmou Walter Steenbock, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul/ICMBio) e membro do grupo de articulação do SocMon no Brasil.

Walter explica que a aplicação do método em um conjunto cada vez maior de UCs permitirá a comparação de situações e o aprendizado coletivo sobre práticas de manejo, estratégias de uso sustentável, efetividade dos instrumentos de gestão e outros fatores diversos.

Sua expectativa é de que, além disso, a utilização do método possa ser útil para ajudar a formatar acordos de gestão, planos de manejo e termos de compromisso, entre outros instrumentos de gestão das Unidades de Conservação.

O curso teve ainda o objetivo de formar multiplicadores da metodologia no Brasil. A proposta é iniciar projetos pilotos de implementação da metodologia SocMon em Unidades de Conservação marinho-costeiras de diferentes contextos.

O programa SocMon é utilizado no suporte à gestão de recifes de corais, na qual o Programa Reef-Check, absorvido pelo ICMBio, está inserido. A iniciativa é coordenada pelo Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (sigla em inglês NOAA) e o Rede de Monitoramento de Corais de Recifes (sigla em inglês GCRMN).

A ação, organizada pelos coordenadores do Programa SocMon em nível global e pela Rede Transformar, contou com o envolvimento do Cepsul, da Área de Proteção Ambiental de Anhatomirim, localizada em Santa Catarina, e da Estação Ecológica de Guaraqueçaba, no Paraná, para sua implementação.

Também participaram técnicos da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (SC), Estação Ecológica de Tamoios (RJ), Coordenação Regional do ICMBio em Florianópolis (SC), do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene) e das diretorias de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs (Disat) e de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio), além de estudantes e pesquisadores de diferentes instituições.



http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/6754-icmbio-treina-servidores-em-monitoramento-socioeconomico-e-biologico.html
UC:Geral

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Guaraqueçaba (ESEC)
  • UC Anhatomirim
  • UC Tamoios (ESEC)
  • UC Baleia Franca
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.