Diogo Lopes. Fascinante, intocável, pura

Diário de Natal - 27/03/2008
Imagine um lugar repleto de natureza exuberante por todos os lados? Um pedaço do paraíso onde o visitante pode encontrar uma variedade ambiental impressionante, como mar, mangue, restinga, rio, estuário, dunas, falésias, coqueirais, caatinga, tabuleiros e lagoas?

Diogo Lopes, a 25 km de Macau e a 215 km da capital potiguar, é uma praia quase desconhecida, com uma natureza intocável. Fica entre as comunidades de Barreiras e Sertãozinho, que fazem parte de uma grande reserva ambiental e são formadas por gente simples e acolhedora.

Para preservar esse paraíso, a comunidade criou a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, com projetos produtivos para a pesca e para o turismo ecológico. A comunidade tem consciência que deve manter o meio-ambiente intacto, evitando que a região seja tomada por estrangeiros e pelo turismo predatório, sem planejamento.

Em Barreiras, comunidade a 3 km de Diogo Lopes, uma faixa de areia alva e fina, com pouca vegetação de mangues, serve de porto seguro para pescadores cansados e é também usada como lugar de diversão para a comunidade. Na praia de Chico Martins, é possível visitar a Ilha do Tubarão, que inicia a restinga que forma a reserva ambiental.

Ao longo da baía Ponta do Tubarão, pequenas ilhas formam um estuário com manguezais, repleto de vida marinha e aves migratórias. A restinga abriga alguns "ranchos" (casa de taipa feita por pescadores na beira da praia para tratar o peixe, guardar material e descansar entre uma pescaria e outra) e um longo braço de mar cercado de coqueirais.

O estuário é protegido pelo Rio Tubarão. O cenário, totalmente integrado e exuberante, resulta num rico ambiente, povoado por uma grande diversidade de animais e com direito a ponto de desova de tartarugas.

Por trás da vila de pescadores, as dunas móveis formam grandes falésias, que encontram a caatinga, separando o sertão e o mar numa cena única, mágica. Essencialmente uma comunidade pesqueira, Diogo Lopes se estende por Sertãozinho e Ponta de Pedra.

A pesca artesanal é feita em alto mar, na costa e nas enseadas e marés. Os botes, jangadas, barcos a motor, canoas e ioles se concentram nessa comunidade, respondendo por quase 80% do pescado da região de Macau e contribuindo, desta forma, para a economia local.
UC:RDS

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