UCs marinhas são defendidas no Ocean Summit

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ - 08/03/2018
UCs marinhas são defendidas no Ocean Summit
Presidente grava vídeo confirmando a proposta do ICMBio de criar unidades para proteger 900 mil quilômetros quadrados de mar em evento no México.

ICMBio
Publicado: Quinta, 08 de Março de 2018, 14h27


O presidente Michel Temer anunciou, nesta quinta-feira, que o Brasil atingirá, em breve, o patamar de 25% de suas áreas marinhas em unidades de conservação. Ele confirmou a criação dos parques marinhos dos arquipélagos de São Paulo e São Pedro (PE) e nas ilhas de Trindade e Martim Vaz (ES). As áreas somadas chegam a 921 milhões de quilômetros quadrados, maior que a dos estados Goiás e Minas Gerais juntos.

A informação, gravada em vídeo, foi apresentada durante a Cúpula Mundial do Oceano, em Cancún, no México. O presidente destacou o apoio brasileiro aos esforços do fórum em favor da preservação da biodiversidade marinha e do uso sustentável dos recursos oceânicos. "Essa é uma causa que nos une", disse.

O diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti, apresentou a iniciativa do Brasil de criar unidades de conservação marinhas, com mais de 900 mil quilômetros quadrados. A apresentação aconteceu durante a coletiva de imprensa na abertura do World Ocean Summit 2018 que acontece em Riviera Maya, no México.

O diretor do ICMBio está representando o Brasil junto com os ministros do México, Chile e Canadá. A Cúpula dos Oceanos tem objetivo de chamar a atenção de empresas, governos e outros atores sociais para os oceanos, inclusive, investimentos econômicos, mas também a sua sustentabilidade.

Além da criação de dois grandes mosaicos de unidades de conservação marinhas localizados nos estados do Espírito Santo e Pernambuco, a expectativa é que ainda no mês de março o governo anuncie a criação de mais áreas protegidas nos mangais amazônicos e no mar costeiro com 5.046 km. Com isso, o Brasil poderá alcançar cerca de 25% de proteção marinha, atingindo quase 1 milhão de quilômetros quadrados (979,168 km).

"O Brasil está em destaque pelas audaciosas propostas brasileiras de criação de grandes unidades de conservação oceânicas ao redor dos arquipélagos de São Pedro e São Paulo e Trindade e Martin Vaz, além das cinco novas reservas extrativistas e uma ampliação nos manguezais e mar costeiro nos estados do Maranhão e do Pará. Assim como pela proposta da Iniciativa Azul do Brasil, estratégia de estabelecimento de parcerias e desenvolvimento de projetos para fortalecer à capacidade de implementar e gerir as áreas protegidas costeiro-marinhas", argumentou durante o evento o diretor do ICMBio.

De acordo com Maretti, as propostas reafirmam a liderança que o Brasil já tem em termos de conservação da natureza e de desenvolvimento sustentável, sobretudo, na Amazônia, e agora aplicada no mar. "A criação destas áreas demonstra a decisão consistente do governo sobre o bem estar do nosso povo, com a conservação da natureza e o desenvolvimento sustentável, atendendo a milhares de pescadores artesanais, oferecendo sustentabilidade para a nossa indústria da pesca, abrindo novas possibilidades de turismo e cumprindo nossos compromissos nacionais e internacionais, como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Convenção sobre a Diversidade Biológica", ressalta Maretti.

Iniciativa Azul
A Iniciativa Azul Brasileira é uma ação estratégica de coordenação para promover parcerias, projetos e outras ações para permitir o Brasil com os melhores meios possíveis para a implementação da estratégia de conservação e desenvolvimento sustentável da natureza marinha e melhor gerenciar as áreas protegidas e marinhas existentes e novas.

Uma boa proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros, particularmente através de áreas protegidas e comunidades locais, é fundamental para atingir os objetivos globais e os compromissos nacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 (particularmente o Objetivo 14), o Acordo de Paris, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre As Mudanças Climáticas (particularmente a adaptação, mas também a mitigação), a Convenção sobre Diversidade Biológica, incluindo os Objetivos 2020 de Aichi (particularmente metas 11, 12 e outras), o reconhecimento de direitos e o apoio das comunidades locais e tradicionais.

Assista o vídeo com a mensagem do Presidente da República

Assista o vídeo da premiada oceanógrafa Sylvia Earle que elogia o engajamento do Governo do Brasil na conservação da natureza e na promoção do uso sustentável dos recursos naturais marinhos.

Assista o vídeo com o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, sobre a criação das unidades.



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