Em virtude da urgência em se recuperar as nascentes que exercem um papel fundamental na formação e manutenção dos recursos hídricos, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) iniciou os trabalhos para o mapeamento das Áreas de Preservação Permanente (APP) degradadas dentro e no entorno da Resex São João da Ponta, situada no estado do Pará.
Participam da tarefa o Departamento de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), a Associação dos Usuários da Reserva Extrativista (Resex) de São João da Ponta - Mocajuim e a Associação dos Pequenos Agricultores de São João da Ponta.
A equipe de servidores lotada na Unidade de Conservação já identificou duas nascentes que serão recuperadas, uma localizada na comunidade de Jacarequara e outra na comunidade de Campina. O mapeamento dessas nascentes foi realizado em conjunto com os conselheiros dos cinco pólos nos quais as comunidades estão divididas.
Além do Termo de Compromisso que cada proprietário irá assinar, comprometendo-se a garantir o processo de recuperação e o restabelecimento dos processos ecológicos da área, os agricultores foram orientados sobre a importância das nascentes não só como ponto de partida estratégico para recuperação dos recursos hídricos, mas também para preservar a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteção do solo, geração de trabalho, e assegurar o bem-estar das populações.
A parceria com essas instituições possibilitou ampliar a quantidade de áreas a serem recuperadas. A equipe da UFPA georreferenciou as nascentes nas comunidades de Vila Nova, Açú, Aires ,Campina, Bonfim e Rio Vermelho, com assessoria do Conselho Deliberativo da Resex.
Oficina
Outra ação realizada na Resex São João da Ponta foi a oficina de queima controla em parceria com o Ibama/PA e ministrada pelo coordenador estadual do Prevfogo Ibama/PA, Antônio Jorge Passos Balderramas. Na capacitação foram discutidos as principais causas do fogo, construção de aceiros, monitoramento dos ventos, escolha de horário adequado para queima, comunicação aos vizinhos, fatores climáticos, topográficos e tipos de combustíveis que contribuem para a proliferação do fogo na vegetação, além de aula em campo para assimilação do conteúdo.
Além das técnicas de queima controlada, foi abordada de maneira bem simplificada os sistemas agroflorestais como alternativa ao uso do fogo e os beneficíos obtidos, tais como maior produtividade agrícola e equilíbrio ambiental, conservação do solo, melhores condições de saúde e qualidade de vida com o objetivo de formar multiplicadores na difusão de conhecimento técnico em queima controlada.
Na região o fogo costuma ser utilizado pelas comunidades no plantio da mandioca e outras culturas anuais para subsistência de suas famílias. Com a criação da Resex percebeu-se uma sensibilização por parte dos usuários em preservar a unidade.
"Apesar da Reserva ser caracterizada pelo mangue e todas as comunidades morarem no entorno da unidade é importante esclarecermos os procedimentos de autorização para a queimada controlada no órgão ambiental competente e as técnicas utilizadas nesta atividade prevenindo um incêndio florestal que possa afetar a Unidade", explica a analista ambiental do ICMBio, Lauriane Kamila Santos Silva.
Ascom/ICMBio
(61) 3341-9280
http://www.icmbio.gov.br/comunicacao/noticias/20-geral/1762-resex-sao-joao-da-ponta-inicia-trabalhos-de-recuperacao-de-app-e-curso-de-queima-controlada
UC:Reserva Extrativista
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- UC São João da Ponta
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